De acordo com informações da Comissão Vitivinícola da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), os Vinhos Verdes provavelmente foram os primeiros vinhos portugueses a serem exportados para os mercados europeus. Essa afirmação tem base em relatos históricos que remontam aos séculos XVI e XVII, quando os vinhos produzidos no Vale do Minho e no Vale do Lima eram regularmente transportados para o Norte da Europa nos mesmos barcos que traziam o bacalhau, um dos produtos de maior destaque nas trocas comerciais da época.
No entanto, foi durante o reinado de D. Carlos, no início do século XX, que a região vitivinícola dos Vinhos Verdes recebeu um reconhecimento oficial. Em 18 de setembro de 1908, foi atribuída a demarcação da respetiva área geográfica de produção, o que evidenciou a qualidade e a genuinidade dos vinhos produzidos nesta região.
A demarcação da área geográfica dos Vinhos Verdes foi um marco importante na história dessa região vitivinícola. A partir desse momento, as vinhas hoje cultivadas nos terrenos delimitados passaram a beneficiar de um estatuto especial, garantindo a autenticidade dos vinhos produzidos. Além disso, essa demarcação contribuiu para o fortalecimento da reputação dos Vinhos Verdes e para a promoção de suas características distintas.
A região dos Vinhos Verdes tem vindo a investir na modernização e na valorização da sua produção, apostando em técnicas de vinificação mais avançadas e em práticas sustentáveis de viticultura.
Além disso, tem promovido a divulgação e a promoção dos seus vinhos, tanto a nível nacional como internacional, participando em eventos e feiras especializadas e desenvolvendo programas de enoturismo que permitem aos visitantes conhecerem de perto as vinhas e as adegas, bem como desfrutar de experiências enogastronómicas únicas.
A história dos Vinhos Verdes é rica e fascinante, marcada por uma tradição centenária e por um constante esforço de inovação e valorização da região vitivinícola.
Hoje, esses vinhos são apreciados em todo o mundo, representando um verdadeiro tesouro enológico de Portugal e um símbolo da excelência e da diversidade da sua produção vinícola.
A Região Demarcada da Região dos Vinho Verdes estende-se ao longo de todo o Noroeste português, abrangendo uma vasta área geográfica com limites definidos.
Ao norte, temos o majestoso Rio Minho, enquanto a leste e ao sul, uma sucessão de serras emolduram a região, e a oeste, o oceano Atlântico confere-lhe uma influência marítima única.
Esta região é considerada a maior de Portugal em termos de área geográfica e uma das maiores da Europa.
Cada uma das nove sub-regiões do Vinho Verde - Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa contribui para a produção de vinhos com características distintas. É notável a diversidade e as diferenças entre os vinhos produzidos no norte e no sul da região, resultado das particularidades geográficas, climáticas dos solos de cada sub-região.
A sub-região de Monção e Melgaço, localizada no extremo norte, é conhecida pela produção de vinhos da casta Alvarinho, uma casta autóctone que proporciona vinhos brancos elegantes, frescos e com uma excelente capacidade de envelhecimento. Já na sub-região do Lima, encontramos vinhos brancos e tintos com uma acidez refrescante e aromas frutados, graças à influência do rio Lima e aos solos ricos em granito.
No coração do Vinho Verde, a sub-região do Cávado destaca-se pela produção de vinhos brancos leves e vibrantes, enquanto a sub-região do Ave nos presenteia com vinhos brancos e tintos frescos, ideais para acompanhar a gastronomia local. A sub-região do Basto, com o seu microclima particular, é conhecida pela produção de vinhos brancos elegantes e aromáticos.
Descendo mais ao sul, encontramos a sub-região do Sousa, onde vinhos brancos e tintos com uma boa estrutura e equilíbrio são produzidos. Já a sub-região de Baião, com a sua paisagem montanhosa, é famosa pela produção de vinhos brancos frescos e delicados. A sub-região do Paiva, situada nas encostas do rio Paiva, destaca-se pelos seus vinhos brancos com caráter mineral e de grande elegância.
Por fim, a sub-região de Amarante, conhecida pela sua rica herança cultural, produz vinhos brancos, tintos e rosés que refletem a autenticidade e a tradição da região.
A Região Demarcada da Região dos Vinhos Verdes tem vindo a ganhar destaque tanto a nível nacional como internacional, conquistando admiradores pela sua autenticidade, frescura e diversidade.
O enoturismo tem vindo a desenvolver-se na região, oferecendo aos visitantes a oportunidade de explorar as vinhas pitorescas, conhecer as técnicas de produção dos vinhos e, é claro, degustar os sabores únicos dos Vinhos Verdes.
Descubra a riqueza e os encantos da Região Demarcada da Região dos Vinhos Verdes, onde cada sub-região revela um mundo de aromas, sabores e experiências únicas. Deixe-se cativar pelos vinhos frescos e vibrantes que representam uma verdadeira expressão da riqueza vitivinícola de Portugal.
Amares é uma encantadora região inserida na sub-região do Cávado, que desfruta de uma série de características naturais que a tornam verdadeiramente especial.
Com uma excelente exposição solar, um clima ameno e uma ligação íntima com os rios circundantes, encontra-se próxima ao magnífico Parque Natural da Peneda-Gerês. Amares também beneficia de uma pluviosidade média anual equilibrada e solos graníticos, o que contribui para criar condições ideais para o cultivo da vinha. Estes elementos únicos combinam-se harmoniosamente e transformam Amares num local singular, onde o vinho se revela como o produto de destaque, representando a cultura e a identidade desta região.
De acordo com os dados publicados pela Comissão Vitivinícola da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), o concelho de Amares abrange uma área significativa de vinhas, declaradas em 2019, totalizando 3.258.594m². Desse total, a casta Loureiro é cultivada em uma extensão de 2.206.671m², o que corresponde a impressionantes 68% da área total de vinhas declarada no concelho.
Estes números evidenciam claramente que a casta Loureiro é a variedade predominante, sendo a mais cultivada para a produção de vinho em Amares.
A casta Loureiro é aclamada pela sua capacidade de produzir vinhos brancos elegantes e aromáticos, com uma notável intensidade de aromas que remetem a notas florais, cítricas e tropicais.
O seu caráter fresco, equilibrado e com uma leve mineralidade torna-a ideal para a produção de Vinhos Verdes de alta qualidade. A predominância da casta Loureiro na área de vinhas de Amares reflete não apenas o potencial dessa casta na região, mas também o compromisso e a dedicação dos produtores locais em preservar e valorizar sua herança vitivinícola.
Amares oferece uma experiência enogastronómica única, permitindo aos visitantes explorar as pitorescas vinhas da região, conhecer de perto o processo de vinificação e degustar os vinhos exclusivos produzidos com a casta Loureiro. Além disso, a região proporciona uma atmosfera encantadora, onde a tradição e a cultura estão intrinsecamente ligadas à produção de vinho. Os visitantes são convidados a imergir na história e nos sabores autênticos de Amares, desfrutando de momentos memoráveis em uma paisagem vinícola verdadeiramente especial.
Em Amares, a paixão pelo vinho transcende as vinhas e é um componente essencial da identidade local.
A região orgulha-se de seus vinhos distintos, que refletem o terroir único, a dedicação dos produtores e a rica história enogastronómica. Uma visita a Amares é uma oportunidade para apreciar as maravilhas naturais, explorar a cultura vitivinícola e desfrutar de momentos inesquecíveis, brindando com vinhos de qualidade excecional.
A casta Loureiro destaca-se como uma das mais utilizadas na elaboração de vinhos brancos monovarietais da Região do Vinho Verde. Os vinhos produzidos a partir desta casta apresentam características sensoriais únicas que os tornam distintos e apreciados pelos amantes de Vinho Verde.
Uma das características visuais da casta Loureiro é a sua cor citrina pálida, que reflete a sua frescura e vivacidade. No que diz respeito ao perfil sensorial, diversos adjetivos são frequentemente utilizados para descrever os vinhos provenientes desta casta. Entre eles, destacam-se o aspeto límpido, que evidencia a sua pureza e qualidade; o sabor frutado e ligeiramente acídulo, que confere uma agradável frescura; e a sensação de suavidade, que proporciona uma textura agradável na boca.
Os aromas são uma parte fundamental do perfil sensorial da casta Loureiro. Os vinhos desta casta são reconhecidos pelos seus aromas intensos e complexos, que incluem notas de frutos tropicais, como maracujá, manga e nuances vegetais. Além disso, é comum encontrar aromas que remetem ao próprio nome da casta, como notas de louro, bem como aromas florais, cítricos e de maçã. Essa diversidade aromática confere aos vinhos da casta Loureiro uma complexidade cativante e uma expressão única do terroir onde são cultivados.
No paladar, os vinhos produzidos a partir da casta Loureiro surpreendem com a sua doçura equilibrada, proporcionando uma experiência gustativa envolvente. Além disso, apresentam uma sensação de persistência, que faz com que os sabores permaneçam. Estes vinhos são encorpados e equilibrados, com uma harmonia entre acidez e doçura que os torna extremamente agradáveis ao paladar.
É importante destacar que, em relação à descrição de aromas de citrinos, maçã, mineralidade e sabor doce, podem ocorrer diferenças significativas entre os vinhos produzidos a partir da casta Loureiro. Estas variações podem ser influenciadas pelo terroir, pelas práticas de vinificação adotadas e pelo estilo de cada produtor, resultando em vinhos únicos e distintos.
A casta Loureiro é um tesouro enológico que contribui para a riqueza e diversidade dos Vinhos Verdes. Seja na forma de vinhos monovarietais ou em blends, a sua presença proporciona uma experiência sensorial única, que reflete o caráter e a identidade do terroir de cada vinha.
Desfrutar de um Vinho Verde elaborado com a casta Loureiro é apreciar a excelência da vitivinicultura portuguesa e descobrir os encantos aromáticos e gustativos que essa casta tão especial tem a oferecer.